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A Polícia Federal finalizou o indiciamento de um indivíduo na investigação do vazamento ilícito da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que ocorreu em novembro de 2023. As informações são de O Antagonista.
Uma funcionária que trabalhou na aplicação do Enem em Belém, no Pará, confessou ter tirado uma foto de um dos cadernos durante a realização da prova e enviado a imagem para uma amiga.
Ela foi indiciada por divulgação imprópria de conteúdo confidencial em processo seletivo, com agravante por ser uma servidora pública. O delito é passível de uma pena de reclusão de até 4 anos e multa.
A operação começou após o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep), responsável pela organização do exame, fornecer informações que levantaram suspeitas sobre o incidente.
PF é convocada para investigar imagens do Enem nas redes
No ano anterior, o Inep convocou a Polícia Federal para investigar as imagens do caderno de provas do Enem 2023 que circulavam nas redes sociais.
De acordo com o instituto, as imagens começaram a circular logo após o início da aplicação do exame.
Na imagem que circula nas redes, é possível ler os quatro textos usados como base para a dissertação dos candidatos.
O tema da redação do Enem 2023 foi sobre “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.
PF realizou diligências por divulgação de imagem do Enem, afirma ministro
Após as denúncias do vazamento da prova, o ministro da Educação, Camilo Santana, declarou que 4,2 mil pessoas foram eliminadas do Enem por razões como uso de celular ou desrespeito às orientações dos fiscais. Além disso, 15 adultos foram presos.
Aproximadamente 4 milhões de brasileiros realizaram a prova no ano passado. De acordo com o ministro, 28,1% não compareceram para fazer o exame.
Santana afirmou que a Polícia Federal realizou diligências – uma em Pernambuco e outra no Distrito Federal – para identificar a origem da divulgação dos cadernos de prova, na época.