O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou em um ato neste 1º de Maio o rompimento das relações diplomáticas com Israel.
Petro declarou: “O presidente da República informa que amanhã serão rompidas as relações diplomáticas com o Estado de Israel, por ter um governo, por ter um presidente genocida”, referindo-se provavelmente ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Ele acrescentou: “Acredito que hoje toda a humanidade nas ruas, aos milhões, concorda conosco e nós com eles. Não pode ser, não pode voltar, não podem chegar os tempos do genocídio, do extermínio de um povo inteiro diante dos nossos olhos, diante da nossa passividade. Se a Palestina morrer, a humanidade morre, e não vamos deixá-la morrer”.
Petro já fez declarações ainda mais fortes que as do presidente Lula, que afirmou em um evento na Etiópia que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”.
No ano passado, Petro proferiu uma sucessão de frases desconexas e perigosas: “Algum dia, o Exército e o governo de Israel nos pedirão perdão pelo que fizeram seus homens em nossa terra desatando o genocídio. Eu me abraçarei com eles e elas ou chorarei pelo homicídio de Auschwitz e de Gaza, e pelo Auschwitz colombiano (…). Hitler será derrotado pelo bem da humanidade, sua democracia, a paz e a liberdade do mundo (…) Já estive no campo de concentração de Auschwitz e agora vejo isso copiado em Gaza”.
Em fevereiro deste ano, Petro anunciou que seu país suspenderia a compra de armas de Israel por causa do “genocídio que faz lembrar o Holocausto“.
A reação israelense veio do ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, que afirmou no Twitter: “O presidente da Colômbia prometeu recompensar os assassinos e violadores do Hamas – e hoje cumpriu a sua promessa. A história lembrará que Gustavo Petro decidiu ficar do lado dos monstros mais desprezíveis conhecidos pela humanidade, que queimaram bebês, assassinaram crianças, estupraram mulheres e sequestraram civis inocentes. As relações entre Israel e a Colômbia sempre foram calorosas – e nenhum presidente antissemita e cheio de ódio pode mudar isso. O Estado de Israel continuará a proteger os seus cidadãos destemidamente e sem medo“.
Ao romper relações com Israel, Petro segue o exemplo do falecido ditador venezuelano Hugo Chávez e do boliviano Evo Morales, que em 2009 cortaram os laços diplomáticos com Israel após conflitos na Faixa de Gaza. Chávez, que morreu em 2013, afirmava que o Estado de Israel era “genocida, terrorista e assassino”. Também dizia que a agência de inteligência Mossad tinha um plano para matá-lo.