Após uma série de desafios na resposta federal à tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, o ministro Paulo Pimenta, designado por Lula para liderar a reconstrução do estado, finalmente se mostrou sincero. No entanto, essa sinceridade não traz boas notícias para os gaúchos.
Paulo Pimenta fala em ‘cenário de guerra’ no RS. “A gente não sabe nem pra que lado se mexer”.
— Metrópoles (@Metropoles) May 17, 2024
Em reunião do Conselhão, ministro extraordinário para a reconstrução do Rio Grande do Sul sugeriu foco do Governo Federal em uma área específica para obter um “resultado concreto”.… pic.twitter.com/mEeXT5yCmD
Durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão, realizada na quinta-feira, 16 de maio, Pimenta, que é pré-candidato ao cargo de governador do Rio Grande do Sul, admitiu que o governo Lula está enfrentando dificuldades no estado.
Ele declarou: “Os prefeitos já estão falando aqui em soluções de barraca… Construtoras com apoio das Forças Armadas… Saúde… Enfim, cenário de guerra mesmo. Então é uma questão muito complexa. Eu acho que, quando a gente fala da maneira que eu estou falando, a gente não sabe nem para que lado se mexer. Eu estou mais ou menos assim no momento. Cada hora aparece um problema novo numa área”
Ele seguiu: “Eu acho que nós tínhamos que tentar focar uma área específica e tentar construir alguma coisa que pudesse ter um resultado concreto de alguma área específica. Não sei exatamente que área seria essa, mas se a gente pudesse pensar uma estratégia de uma ação para alguma coisa que pudesse mobilizar o esforço para ajudar a resolver uma situação, seria muito importante”.
Essas declarações ocorreram após Pimenta apresentar aos membros do Conselhão a gravidade dos danos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Curiosamente, ele sorriu na quarta-feira, 15 de maio, ao lado de Lula e outros aliados, enquanto assinava o termo de posse na secretaria extraordinária que comanda há três dias.
Fica evidente que a situação no Rio Grande do Sul é preocupante há semanas, e as palavras hesitantes do homem designado por Lula para liderar a reconstrução do estado só reforçam a percepção de que o governo também enfrenta dificuldades na resposta à tragédia.