Em uma entrevista à CBS News, o Papa Francisco abordou as críticas dos “bispos conservadores” nos Estados Unidos, que se opuseram ao seu papado progressista e aos esforços para reformar a Igreja Católica. O Papa destacou a diferença entre considerar a tradição e estar preso a uma mentalidade dogmática, chamando essa última de “atitude suicida”.
Francisco idealiza uma Igreja Católica misericordiosa e inclusiva, comparando-a a um “hospital de campanha” para curar as feridas da humanidade sofredora. No entanto, ele enfrentou resistência interna de grupos nos EUA que preferem uma abordagem mais rígida e doutrinária.
O Papa não hesitou em se referir aos seus críticos como “atrasados”, acusando-os de substituir a fé pela ideologia. Recentemente, ele tomou medidas firmes para lidar com a oposição, incluindo a sanção de um crítico ferrenho, o cardeal norte-americano Raymond Burke, e a destituição de um bispo em Tyler, Texas.
Essas observações surgem em meio a uma tendência conservadora extrema na Igreja Católica dos EUA, evidenciada pelo discurso recente do jogador de futebol americano Harrison Butker, que criticou o Mês do Orgulho e sugeriu que as mulheres encontrariam mais satisfação como donas de casa.