O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está prestes a anunciar novas tarifas sobre veículos elétricos chineses e outros setores estratégicos do gigante asiático. De acordo com a agência de notícias Reuters, o anúncio manterá grande parte das taxas já existentes contra a China e incluirá outras áreas específicas, como a indústria de semicondutores e equipamentos relacionados à energia solar. A previsão é que essas tarifas sejam anunciadas na próxima terça-feira, 14.
O objetivo desse novo pacote de bloqueios é cercar áreas estratégicas competitivas e de segurança nacional. Embora o debate interno sobre as novas medidas tenha adiado o anúncio oficial do presidente, o escritório de Comércio dos Estados Unidos já enviou suas recomendações à Casa Branca há semanas.
Essa medida pode gerar retaliação da China e aumentar as tensões entre as duas maiores economias do mundo, como ocorreu durante o último mandato de Donald Trump, quando ele impôs tarifas mais amplas contra o país. A China considera essas iniciativas protecionistas e prejudiciais à economia global.
A imposição de novas barreiras a setores estratégicos chineses acontece em um contexto em que o presidente Biden busca se diferenciar de seu rival republicano, Trump, que defende tarifas mais gerais e amplas, especialmente em relação às eleições presidenciais de novembro. As novas tarifas fazem parte de uma revisão da Seção 301 da lei comercial dos Estados Unidos, criada pelo governo Trump em 2018.
No mês passado, o governo americano aumentou as taxas sobre a importação de aço e alumínio chineses, além de abrir uma investigação sobre práticas ilegais nos setores de construção naval, marítimo e logística do país. Essas medidas visam favorecer o comércio nacional.