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A tecnologia é uma forte aliada dos órgãos de fiscalização de trânsito, permitindo monitoramento constante em todos os lugares e momentos. Um dos equipamentos mais utilizados para esse fim é o radar.
O radar funciona como um medidor de velocidade, verificando quanto tempo um veículo leva para passar entre dois sensores. No entanto, alguns motoristas de má-fé utilizam adesivos anti-radar, colocados sobre um ou mais caracteres da placa, para dificultar a leitura e refletir a luz infravermelha emitida pelo equipamento.
Porém, essa tentativa de burlar a fiscalização pode estar com os dias contados graças à implementação de um novo método de radar de velocidade, conhecido como doppler.
Como funciona o novo radar antitrapaça?
O novo radar doppler utiliza um princípio de funcionamento simples. O dispositivo emite ondas eletromagnéticas contínuas que, ao serem refletidas pelos veículos, mudam de frequência. Essa mudança de frequência permite a aferição da velocidade. Os “laços” virtuais servem de baliza para realizar essa medição. Ao contrário dos radares com “laços” físicos, o doppler consegue medir a velocidade de um veículo a uma distância de até 100 metros, seja antes ou depois do aparelho. Outro ponto positivo é sua capacidade de cobertura, que alcança até quatro faixas.
Além de medir a velocidade, o radar doppler também verifica se o veículo está parado sobre a faixa de pedestres, faz conversões proibidas, anda na contramão e avança o sinal vermelho. O dispositivo consegue até identificar o número de pessoas no veículo e se o motorista estava usando o celular enquanto dirigia.
Onde o radar já está funcionando?
Os radares doppler são considerados não intrusivos, ou seja, não é necessário destruir o pavimento para instalá-los. De acordo com Guilherme Araújo, diretor-presidente da Velsis, empresa especializada no setor, o radar já está operando em cidades como São Paulo, Curitiba, Salvador, João Pessoa, Campina Grande, Aracaju, Anápolis e Nova Hamburgo. Segundo a companhia, o novo radar já está multando motoristas infratores, que agora devem ter mais cuidado com o dispositivo para evitar multas.