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— RoziSNews (@RoziSNews) May 29, 2024
“Deputado José Guimarães, do PT: Tem acordo, presidente. Por que não vota simbólico?
Arthur Lira: Deputado José Guimarães, o que o senhor está dizendo não se diz no microfone”
Metrópoles pic.twitter.com/4KwBo7JpEf
A Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira, 28, o projeto de lei que derruba a isenção de impostos para compras de menos de 50 dólares do exterior. No entanto, não se sabe quais deputados votaram a favor da taxação de 20%, pois a deliberação foi simbólica.
Um trecho específico da sessão tem gerado discussões nas redes sociais. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu a votação simbólica, argumentando que o partido Novo, único a se opor à proposta, “não tem votos para pedir [votação] nominal”, pois possui apenas três deputados.
Em resposta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), repreendeu Guimarães, dizendo que “o que o senhor está dizendo não se diz no microfone”, questionando em seguida o plenário sobre o acordo de todos os outros partidos para a votação simbólica.
A gravação desse momento viralizou com a interpretação de que Lira censurou Guimarães por revelar claramente a estratégia de não expor os votos dos deputados sobre a taxação. No entanto, naquela altura da sessão, às 21h22, a votação simbólica do texto base do projeto de lei já havia ocorrido às 21h16, que incluía a taxação de compras da Shopee e Shein, entre outras.
O debate naquele momento era sobre uma emenda que adicionava ao programa Mover o estabelecimento de uma política de conteúdo local para atividades de exploração e produção de petróleo, um jabuti que não estava relacionado à mobilidade urbana. O deputado Gilson Marques (Novo-SC) discursou contra a inclusão dessa emenda.
O resultado dessa votação acabou sendo nominal, com 174 votos a favor da manutenção da emenda, 159 contrários e uma abstenção. A emenda foi aprovada com o apoio dos governistas, mas sem votação simbólica.
Assim, aparentemente Lira se referia à indelicadeza do líder do governo em relação ao tamanho da bancada do partido Novo. Por meio desse curto trecho em vídeo, Guimarães chamou a atenção para o fato de que o governo Lula patrocinou o acordo para tentar ocultar sua responsabilidade em mais uma taxação.