Foto: Judith LITVINE/Via Fotos Públicas
A Direção Geral de Segurança Interna (DGSI) prendeu nesta sexta-feira, 31, um jovem de 18 anos, de origem chechena, em Saint-Etienne, no sudeste da França. Segundo comunicado oficial, o suspeito é acusado de planejar um ataque com motivações islâmicas durante os Jogos Olímpicos, que acontecerão entre 26 de julho e 11 de agosto, informou a agência de notícias AFP.
De acordo com o Ministério do Interior, este seria o primeiro ataque frustrado relacionado aos Jogos Olímpicos. As investigações iniciais revelam que o jovem estava ativamente se preparando para realizar um atentado no estádio Geoffroy Guichard, em Saint-Etienne, que sediará partidas de futebol durante o evento.
Fontes oficiais indicam que o suspeito tinha como alvos tanto os espectadores quanto as autoridades presentes no local, com o objetivo de causar danos e sacrificar sua própria vida como mártir. A França está em alerta máximo antes do início dos Jogos Olímpicos, com a expectativa de cerca de 10 milhões de visitantes e 10 mil atletas. Embora a maior parte das competições ocorra em Paris e na região metropolitana, outras cidades francesas também receberão eventos.
As autoridades francesas implementaram medidas rigorosas para prevenir qualquer incidente. A prisão do jovem suspeito exemplifica a ação preventiva das forças de segurança, que estão vigilantes e prontas para agir diante de possíveis ameaças. As investigações continuam em andamento para determinar se o suspeito atuava sozinho ou fazia parte de uma rede maior. Mais informações serão divulgadas conforme disponíveis.
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, anunciou em 24 de março a elevação do sistema de alerta de segurança nacional da França para seu nível mais alto, na sequência do ataque a Moscou reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
“Dada a reivindicação do ataque pelo Estado Islâmico e as ameaças contra nosso país, decidimos elevar a postura Vigipirate ao seu nível mais alto: ataque de emergência”, declarou Gabriel Attal após um conselho de defesa no Eliseu. O plano Vigipirate havia sido rebaixado para o nível 2 (“segurança reforçada – risco de ataque”) em 15 de janeiro.
“A reivindicação do ataque em Moscou vem do Estado Islâmico em Khorasan, que ameaça a França e esteve envolvido em vários planos de ataque frustrados recentemente em países europeus, incluindo Alemanha e França”, disse um comunicado oficial.
O primeiro-ministro solicitou ao Secretário-Geral da Defesa e Segurança Nacional que convocasse uma reunião com todos os serviços de segurança afetados pelo aumento do nível do Vigipirate. A última postura de “ataque de emergência” foi desencadeada após o ataque terrorista em Arras, em 13 de outubro, e depois rebaixada para o nível 2 em 15 de janeiro.