Foto: Wilton Júnior/Estadão
A gestão petista solicitou ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que investigasse postagens que criticavam a atuação do governo federal nas enchentes do Rio Grande do Sul. Um ofício do Palácio do Planalto foi enviado, instruindo a Polícia Federal a agir contra quem disseminasse “narrativas desinformativas e criminosas”, acompanhado de uma lista de alvos para investigação.
Essa lista inclui 11 exemplos de condutas consideradas ilegais pela gestão Lula, abrangendo desde críticas de parlamentares da oposição, como Eduardo Bolsonaro, até perfis que propagam teorias da conspiração. Um desses perfis acusou a tragédia no Sul do país de ser uma “calamidade orquestrada” para impor medidas de controle social, enquanto Eduardo Bolsonaro foi citado por afirmar que o governo Lula demorou 4 dias para agir no auxílio ao Rio Grande do Sul.
Além disso, o governo identificou como criminoso um perfil com inclinação militar que disseminava informações falsas sobre veículos militares durante a enchente. Outros alvos foram perfis que criticavam a suposta falta de apoio das Forças Armadas aos gaúchos, mesmo com militares atuando em todo o país.
Essa medida, embora cumpra o papel político de mostrar uma postura intolerante do Executivo contra a disseminação de desinformação, pode alimentar ainda mais o embate polarizado, especialmente ao considerar postagens críticas como crimes.