Suyane Breschak, conhecida como “Cigana Esmeralda”, foi detida na terça-feira (28) em Cabo Frio, na Região dos Lagos, sob suspeita de envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond. Segundo informações da CBN/Globo, com 305 mil seguidores em seu perfil no Instagram, a cigana é conhecida por realizar consultas espirituais, cobrando até R$ 3 mil por sessão.
O corpo do empresário foi encontrado em sua residência no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 20 de maio. O cadáver estava em avançado estado de decomposição, e a Polícia Civil investiga se ele foi assassinado por meio de envenenamento com um brigadeirão. A principal suspeita do crime é Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada da vítima, que está foragida.
Segundo as investigações, Júlia e Suyane têm uma relação de conhecimento há 12 anos. A cigana já havia realizado “trabalhos” espirituais para Júlia, envolvendo ex-namorados da suspeita. Em depoimento, Suyane revelou que Júlia acumulou uma dívida de R$ 600 mil, pagando parcelas mensais de R$ 5 mil ao longo de cinco anos.
A prisão de Suyane ocorreu após a detenção de um homem em Cabo Frio, com quem o carro do empresário Luiz Marcelo foi encontrado na sexta-feira anterior. O veículo teria sido entregue como parte do pagamento da dívida entre Júlia e Suyane, no valor de R$ 75 mil. Além disso, dois computadores e um celular foram encontrados no automóvel.
O homem confessou à polícia que conhecia Suyane. O marido da cigana também compareceu à delegacia de Cabo Frio e admitiu estar ciente do carro. Além da posse do veículo, a Polícia Civil afirma que Suyane tentou vender joias e outros objetos de valor pertencentes a Luiz Marcelo, que haviam sido entregues por Júlia.
De acordo com familiares, no dia 18 de maio, dois dias antes de o corpo do empresário ser encontrado, Júlia registrou uma declaração no cartório afirmando que o veículo era de sua propriedade.
O empresário, herdeiro com patrimônio principalmente em imóveis, tinha um relacionamento antigo com Júlia, que se estendia por pelo menos 11 anos, com idas e vindas. Nos últimos meses, eles moravam juntos no apartamento do Engenho de Dentro.
O corpo de Luiz Marcelo foi descoberto no sofá da sala, próximo a cartelas de remédio. Dois ventiladores estavam ligados na cena do crime, apontando para a janela. Para os investigadores, essa estratégia visava aliviar o odor do cadáver.
O laudo do Instituto Médico-Legal indicou que ele faleceu de 3 a 6 dias antes de seu corpo ser encontrado.