Apesar de duas conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, uma digital e outra presencial, depois dos ataques de 7 de outubro, a família está decepcionada com o governo brasileiro. Eles alegam que, apesar das promessas de intervenção e esforços para obter informações, não houve mais contato por parte do presidente ou da embaixada.
Ayala Harel, sobrinha de Michel, e sua mãe, Mary Shohat, irmã do sequestrado, são integrantes da ONG “Bring Them Home Now” — Traga-os para Casa Agora, em português. A organização foi criada para auxiliar no resgate de reféns. Em entrevista ao site Poder360, Ayala expressa a frustração com a falta de informações e a inação percebida.
“Minha mãe e a filha dele foram ao Brasil em dezembro para encontrar Lula, que prometeu fazer tudo ao seu alcance para trazê-lo de volta”, disse Ayala. “E, obviamente, ele ainda não está aqui. Não temos nenhuma informação sobre Michel. Tenho certeza que Lula tem contatos para saber algo. É muito difícil.” Disse a família antes de saber que ele estava morto.
Desapontamento com o fracasso do governo Lula
O presidente Lula, por sua vez, reafirmou em 14 de novembro seu compromisso de não deixar nenhum brasileiro para trás. “Enquanto houver lista e a possibilidade de resgatar mesmo que seja uma única pessoa na Faixa de Gaza, estaremos à disposição para buscar essas pessoas”, declarou. “Não vamos deixar nenhum brasileiro ficar lá.”
No entanto, para Ayala, parece que seu tio foi esquecido.