Segundo um estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a grande parte dos municípios brasileiros não possui a capacidade de enfrentar eventos climáticos severos, como os que são frequentes no Rio Grande do Sul. O G1 divulgou que 3.590 prefeituras foram consultadas sobre sua capacidade de lidar com tais fenômenos, e 68% delas admitiram que estão, de fato, despreparadas.
Com base em informações do Olhar Digital, a CNM alertou a União e os estados sobre a incapacidade dos municípios, especialmente os de pequeno e médio porte, de suportar sozinhos os custos de gestão de riscos e prevenção de desastres. “Ao levar em conta as projeções climáticas para o Brasil, a visão é mais desafiadora do que otimista”, afirmou a CNM em comunicado.
Paulo Roberto Ziulkoski, presidente da CNM, destacou que a situação no Rio Grande do Sul ocorre menos de um ano depois que os municípios gaúchos foram atingidos por um ciclone extratropical. “O valor das vidas perdidas é incalculável, e os prefeitos são forçados a lidar, mais uma vez, com os danos e o auxílio à população”, disse ele.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, o Brasil teve 4.728 mortes causadas por desastres naturais em pouco mais de três décadas, de 1991 a 2022. O ano de 2011 se destaca, quando chuvas intensas atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro, resultando em 957 vítimas.