foto: Marinha do Brasil
Enquanto cerca de 300 mil pessoas sofrem com a falta de energia elétrica no Rio Grande do Sul, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está em Roma nesta quinta-feira (2/5) para um encontro com o Papa Francisco. Esta viagem ocorre no mesmo dia em que o ex-presidente Lula e seis ministros estiveram no estado, que enfrenta chuvas históricas e já registrou 24 mortes.
Silveira partiu para Roma na quarta-feira (1º/5) e tem um encontro agendado com o embaixador do Brasil no Vaticano, Everton Vargas, nesta quinta-feira (2/5). Este é o único compromisso registrado na agenda oficial do ministro até o momento nesta semana. Na sexta-feira (3/5), Silveira terá uma audiência com o Papa Francisco.
As chuvas de proporções históricas afetam o Rio Grande do Sul desde o último sábado (27/4), deixando 300 mil clientes sem energia elétrica. Concessionárias como RGE e CEEE Equatorial informaram que não há previsão para o restabelecimento do serviço. Os municípios gaúchos mais afetados pela falta de luz incluem São Lourenço do Sul, Balneário Pinhal, Alvorada e a capital Porto Alegre.
De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, cerca de 68 mil pessoas foram atingidas pelas tempestades, resultando em 24 mortes e 21 desaparecidos. A situação levou aproximadamente 10 mil pessoas a se alojarem na casa de conhecidos, enquanto outras 5 mil estão sem abrigo. As informações são da coluna do Guilherme Amado.
O governador gaúcho, Eduardo Leite, descreveu o desastre climático como o pior da história do estado, recomendando a evacuação de moradores de áreas próximas ao Rio Caí, como Gramado e Canela, para evitar enchentes.
Enquanto isso, Lula prometeu ajuda do governo federal durante sua visita ao estado, acompanhado por ministros de diversas pastas e representantes das Forças Armadas.
A assessoria do Ministério de Minas e Energia esclareceu que o encontro com o Papa já estava marcado desde o ano anterior, após negociações com o Itamaraty e o Planalto. O ministério afirmou que a viagem de Silveira tem o objetivo de discutir a transição energética e o combate à pobreza energética, destacando que, assim que tomou conhecimento da situação no Rio Grande do Sul, o ministro coordenou à distância um gabinete de crise para acompanhar as ações necessárias.