Na última sexta-feira, o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) expressou sua opinião de que o presidente Lula (PT) não deveria concorrer à reeleição em 2026. Em vez disso, Wyllys propôs que Lula atue como “cabo eleitoral” em apoio à ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). Segundo o ex-parlamentar, o momento é propício para o PT deixar o protagonismo.
Wyllys destacou que a figura de Lula já não possui a mesma força de antes e sugeriu que Simone Tebet seja a candidata principal, com o ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, como vice-presidente na chapa. Ele enfatizou que Tebet tem um diálogo amplo com a centro-direita e as classes dominantes, além de ser uma mulher. A luta contra o racismo também seria representada por Sílvio Almeida.
Nas eleições de 2022, Simone Tebet concorreu à Presidência e obteve o terceiro lugar, com 4,16% dos votos válidos. No segundo turno, declarou apoio a Lula, e após a vitória deste último, integrou a transição de governo e assumiu o Ministério do Planejamento.
Jean Wyllys reconheceu que essa proposta pode não se concretizar, considerando que o PT tem o hábito de lançar candidaturas próprias nas eleições majoritárias. Ele também mencionou a “vaidade” de Lula como um possível obstáculo.
Além disso, no mesmo podcast, Wyllys criticou a gestão presidencial, caracterizando-a como um governo de centro-direita. Ele elogiou os ministros Anielle Franco (Igualdade Racial), Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Silvio Almeida (Direitos Humanos), mas ressaltou que eles não possuem expressão política significativa dentro do governo.
Apesar das críticas, Wyllys reconheceu que um governo de centro-direita representa um avanço em relação à última gestão, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ele classifica como extrema-direita.