Conforme o boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgado nesta terça-feira (21/5), o número de óbitos causados pelas intensas chuvas no estado aumentou de 157 para 161, enquanto 464 municípios continuam sendo afetados pela tragédia climática. O total de desalojados chega a 581 mil pessoas. O balanço também aponta que 85 indivíduos permanecem desaparecidos.
As cidades de Pelotas e Rio Grande encontram-se em estado de calamidade pública devido ao aumento do nível da Lagoa dos Patos, cuja média de água atingiu 2,68 metros.
Até o momento, aproximadamente 82 mil pessoas foram resgatadas e 806 ficaram feridas no estado gaúcho. Além disso, mais de 12 mil animais foram retirados das áreas afetadas, e o efetivo de resgate é composto por 27 mil pessoas.
O balanço ainda revela que cerca de 2 milhões de indivíduos foram impactados pelas fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul.
Para auxiliar nos trabalhos de drenagem das áreas alagadas, três conjuntos de bombas flutuantes de alta capacidade foram instalados em tempo recorde no estado. Uma dessas bombas, enviada pelo estado de São Paulo, está operando em Porto Alegre, capital gaúcha. A expectativa é de que a água na região do bairro Sarandi comece a recuar. Essa ferramenta, conhecida como bomba-anfíbia, foi disponibilizada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Outro equipamento entrou em funcionamento na madrugada desta segunda-feira em Canoas (RS), e, desde o fim de semana, outros dois estão ativos, um também em Canoas e outro em Porto Alegre.
A capital tem enfrentado desafios na limpeza de seus bairros. Desde lixo até carros abandonados, diversos obstáculos surgiram nas ruas da cidade. As autoridades recomendam que o lixo retirado das residências seja colocado na rua, aguardando a coleta pelo Departamento Metropolitano de Limpeza Urbana, mas é necessário esperar que o nível da água diminua.