No domingo, a Arena do Grêmio foi palco de saques em meio a um desastre climático que já ceifou a vida de pelo menos 75 pessoas no Rio Grande do Sul. Vídeos circulando nas redes sociais mostram a loja Grêmio Mania, situada na esplanada do estádio, sendo invadida por um grupo de indivíduos. Segundo informações do Estadão, o clube confirmou o incidente, mas ainda não conseguiu calcular o valor total dos danos.
Devido às fortes chuvas que causaram inundações em toda a capital gaúcha e em outras partes do estado, a Prefeitura de Porto Alegre declarou estado de calamidade pública. Como resultado, o estádio do Grêmio, identificado como um local vulnerável pelas autoridades, foi evacuado na sexta-feira. A inundação chegou a invadir o campo da Arena, afetando vários pontos do bairro de Humaitá, na Zona Norte da cidade.
Apesar do perigo, a Arena do Grêmio acolheu cerca de 80 moradores locais, incluindo crianças e uma mulher grávida, durante a madrugada de sábado. No entanto, o estádio está trabalhando para transferir essas pessoas para abrigos oficiais da prefeitura, com a ajuda do Exército.
A administração do estádio informou que a Arena está sem eletricidade e água, e por isso, os desabrigados estão sendo encaminhados para locais seguros. Eles recomendam que a população se dirija aos abrigos oficiais.
Neste fim de semana, o Grêmio, juntamente com o Internacional e o Juventude, não disputaram o Brasileirão, pois os jogos foram adiados devido ao desastre climático. Além disso, a Conmebol anunciou no sábado à noite o adiamento dos jogos da dupla Gre-Nal, pela Libertadores e pela Sul-Americana, que seriam realizados durante a semana.
Com o aeroporto Salgado Filho fechado por tempo indeterminado e as rotas de entrada e saída de Porto Alegre bloqueadas pelas inundações, os clubes não teriam como viajar para os jogos. Os jogadores não estão treinando e se tornaram voluntários na missão de resgatar pessoas presas e em áreas de risco.
