A prefeitura de São Paulo iniciou a operação do Aquático, um sistema de transporte hidroviário na represa Billings, localizada na Zona Sul da capital paulista. Esse modal conecta as margens da represa, ligando o bairro de Cidade Ademar ao Grajaú em apenas 17 minutos. Em comparação, o trajeto de ônibus entre esses mesmos pontos pode levar até 1 hora e 20 minutos, de acordo com a gestão municipal.
O prefeito Ricardo Nunes anunciou o início da operação assistida, que ocorre das 10h às 16h, transportando passageiros do Cantinho do Céu ao Terminal Mar Paulista Bruno Covas. Ambos os terminais contam com ônibus elétricos para integração, facilitando o deslocamento das pessoas até o Terminal Santo Amaro, que oferece conexões com a rede de ônibus, Metrô e CPTM.
ÔNIBUS AQUÁTICO DE SP COMEÇA A OPERAR
— Estadão 🗞️ (@Estadao) May 13, 2024
Transporte na Billings opera com horário parcial; saiba detalhes https://t.co/k3SIb7gaea
Vídeo: Felipe Rau/Estadão pic.twitter.com/9gaCLtnFVH
Até dezembro deste ano, as viagens no Aquático serão gratuitas. O sistema conta com duas embarcações: uma com capacidade para 60 passageiros e outra para 30 passageiros. A ampliação do horário de funcionamento será gradual, e a expectativa é que cerca de 3 mil pessoas utilizem o Aquático diariamente durante a operação das 10h às 16h.
O percurso navegado pelas embarcações tem extensão de 5,6 quilômetros. Além disso, novas linhas de ônibus foram criadas para levar a população até os terminais hidroviários, como a 627M-10, que parte do Terminal Santo Amaro, e a 606C-10, no bairro do Cantinho do Céu.
O projeto do Aquático foi idealizado por Ricardo Nunes em 2014, quando ele era vereador, e posteriormente sancionado por Fernando Haddad. Embora a operação inicial estivesse prevista para 28 de março, uma decisão judicial impediu o início das operações naquela data, mas essa decisão foi posteriormente revertida.
A prefeitura de São Paulo assumiu a operação do sistema, que será gerenciado pela SPTrans. Anteriormente, a empresa Transwolff estava encarregada do Aquático, mas ela foi alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo por suspeitas de lavagem de dinheiro relacionada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).