Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil está enfrentando uma crise séria de incêndios florestais, com mais de 17 mil focos identificados nos primeiros quatro meses deste ano. Mais da metade desses incêndios ocorreram na região da Amazônia. O aumento das queimadas está ligado diretamente aos efeitos das mudanças climáticas, incluindo as secas, conforme afirmado pelo Ministério do Meio Ambiente. Imagens de satélite fornecidas pelo INPE mostram um aumento de 81% em comparação com o mesmo período de 2022, marcando um recorde desde 1998, quando os dados começaram a ser registrados.
Na Amazônia Legal, que engloba mais de 60% da maior floresta tropical do mundo, foram registrados 8.977 incêndios entre janeiro e abril, o número mais alto desde 2016, representando um aumento de 153% em relação ao mesmo período do ano passado. O Cerrado também foi afetado, com um aumento de 43% nos incêndios.
Embora o governo Lula tenha conseguido reduzir o desmatamento na Amazônia durante o primeiro ano de seu terceiro mandato, os números relacionados aos incêndios continuam alarmantes. Essa situação não é exclusiva do Brasil, afetando também países vizinhos, como Chile e Colômbia.
As mudanças climáticas estão exacerbando esses incêndios, com o fenômeno El Niño sendo considerado um dos mais fortes da história, causando estiagens prolongadas em várias áreas da Amazônia em 2023, o que contribui para a propagação do fogo. O aquecimento global tem desempenhado um papel significativo, provocando mudanças nos padrões climáticos e facilitando a expansão do fogo para áreas de vegetação nativa, aumentando assim a destruição das florestas e ameaçando a biodiversidade e o equilíbrio ambiental.