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🚨VEJA: Câmeras de segurança mostram garoto que matou a família indo à padaria um dia após cometer o crime.
— CHOQUEI (@choquei) May 22, 2024
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Imagens de câmeras de segurança mostram que o adolescente de 16 anos, que matou seus pais adotivos e sua irmã, foi a uma padaria no dia seguinte ao crime, ocorrido na sexta-feira (17/5) na zona oeste de São Paulo. No sábado (18/5), às 15h24, o jovem entrou calmamente na padaria na Vila Jaguara, fez um pedido e pagou no caixa. Toda a ação durou cerca de dois minutos.
Isac Tavares Santos, de 57 anos, Solange Aparecida Gomes, de 50 anos, e Letícia Gomes Santos, de 16 anos, foram encontrados mortos na residência após o adolescente ligar para a PM confessando o crime na noite do domingo (19/5). Isac e Letícia foram mortos por volta das 13h20 na sexta-feira, e Solange foi morta às 19h.
Em depoimento informal à Polícia Civil, o garoto demonstrou frieza e descreveu o ataque aos familiares com naturalidade, afirmando que não estava arrependido e que repetiria o crime. Ele relatou ter convivido com os corpos durante todo o fim de semana, fazendo refeições ao lado deles e mantendo sua rotina de treinos na academia. Só decidiu avisar a polícia no domingo porque a quantidade de moscas na casa, atraídas pelos corpos em decomposição, o incomodou.
O adolescente disse ter decidido matar os pais após terem confiscado seu celular. Usou uma pistola Taurus 9mm do pai, que era guarda municipal de Jundiaí. Na sexta-feira (17/5), esperou o pai chegar em casa, atirou em sua nuca enquanto ele estava na cozinha. A irmã, que estava no andar de cima, ouviu o disparo e foi baleada no rosto ao questionar o que estava acontecendo. Inicialmente, ele não planejava matar a irmã, mas o fez porque ela estava em casa e perguntou sobre o tiro.
Quando a mãe chegou em casa às 19h, encontrou o corpo do marido e gritou, sendo baleada pelo adolescente. No sábado (18/5), ele cravou uma faca nas costas da mãe, ainda com raiva.
Investigação contra o adolescente
Após ser ouvido pela polícia, o adolescente foi encaminhado para a Fundação Casa. O caso foi registrado como ato infracional de homicídio e feminicídio, posse ou porte ilegal de arma de fogo e vilipêndio a cadáver. Se considerado culpado, ele pode ser detido por no máximo três anos. A equipe do 33º Distrito Policial está avaliando a possibilidade de submetê-lo a um exame de higidez mental. Se comprovada insanidade, ele pode ser internado por tempo indeterminado.
Uma linha de investigação considera que o motivo para matar os pais pode ter sido fútil, agravando a situação do adolescente.