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O repórter Aluisio Marques, da Globo Minas, iniciou uma ação trabalhista contra a emissora enquanto ainda está empregado. Durante suas férias, ele tomou essa medida alegando assédio moral e buscando o reconhecimento do acúmulo de funções. Segundo informações do NaTelinha, o profissional está solicitando uma indenização aproximada de R$ 725 mil.
Aluisio ingressou na Globo Minas em 2015 como estagiário e foi efetivado em 2016, assumindo o cargo de coordenador de telejornais. No entanto, ele afirma ter sido incumbido de diversas tarefas adicionais nos meses seguintes, desempenhando funções como editor de texto, operador de teleprompter, editor de imagem, repórter e cinegrafista. A defesa do repórter argumenta que a emissora se beneficia do seu trabalho, uma vez que não é compensado adequadamente pelas múltiplas funções que desempenha.
Além disso, Aluisio alega que a Globo Minas paga salários mais elevados a funcionários que exercem as mesmas responsabilidades que ele. Ele menciona profissionais como Ana Tereza Silva e Danilo Teixeira, que receberiam mais mesmo desempenhando atividades idênticas às suas. No papel de editor, a defesa do repórter reclama que ele recebe menos que Bernardo Queiroz e Daniel Moura.
O advogado André Froes de Aguilar, representante de Aluisio Marques, está exigindo da Globo Minas o pagamento de horas extras, intervalos intrajornadas, adicional noturno, abono salarial e adicional de transferência. A defesa argumenta que o cliente trabalhava uma jornada de 13 horas diárias, de segunda a segunda, sem horário fixo, inclusive durante a madrugada.
Além disso, Aluisio acusa a Globo de obrigá-lo a trabalhar mesmo apresentando sintomas de Covid-19 em 2021, apesar dos telejornais veicularem campanhas incentivando medidas para conter a pandemia. Ele também relata ter sido constrangido por uma supervisora, que controlava seu acesso ao banheiro, chegando a perguntar se ele precisava fazer o “número 1 ou o número 2”.