Uma nave espacial da Agência Espacial Europeia (ESA) capturou imagens detalhadas das mudanças na paisagem do Sol. O equipamento, chamado Imager Extreme Ultraviolence (EUI), filmou a transição da atmosfera mais próxima da superfície solar até a camada mais externa, conhecida como coroa solar, que é centenas de vezes mais quente.
O registro ocorreu em 27 de setembro de 2023, quando a nave Solar Orbiter estava a um terço da distância entre a Terra e o Sol. Alguns dias depois, em 7 de outubro, a nave se aproximou ainda mais do astro, chegando a 43 milhões de quilômetros de distância.
On a video captured by a probe of the European Space Agency, this May 4, 2024 :
— Mando Rodrigues (@mando_rodrigues) May 6, 2024
we observe eruptions, which can rise to a height of approximately 10,000km, and plasma showers on the surface of the sun from our solar system : pic.twitter.com/9sd8GrKzQp
No vídeo, podemos observar regiões extremamente quentes, com temperaturas chegando a um milhão de graus Celsius. À medida que o material mais frio absorve radiação, ele escurece.
O vídeo também revela o que os cientistas chamam de “musgo” da coroa solar (do inglês, corona moss). Essa estrutura geralmente aparece ao redor da base de grandes laços da coroa, que estão muito quentes ou tênues para serem vistos com as configurações normais do instrumento.
Além disso, as espículas (do inglês, spicules), exibidas logo após o “musgo”, são como agulhas de gás que alcançam alturas impressionantes de 10 mil quilômetros.
Por volta do segundo 22 do vídeo, podemos observar uma erupção de material frio no centro da imagem. Embora pareça pequena em relação ao tamanho do Sol, essa erupção é, na verdade, maior do que a Terra.
Após a erupção, a “chuva” na coroa solar aparece com temperaturas “frias”, abaixo de 10 mil graus Celsius. Essa chuva é formada por aglomerados de plasma de alta densidade, que eventualmente caem de volta no Sol sob a influência da gravidade.