Na sexta-feira (19/4), em Nova York, um homem ateou fogo a si mesmo em um parque próximo ao tribunal onde o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo julgado criminalmente. Jornalistas que estavam no local observaram o homem jogando panfletos no ar antes de se encharcar com um líquido inflamável e se incendiar.
A motivação por trás desse ato ainda é desconhecida, e o homem encontra-se em estado crítico em um hospital da cidade, conforme relatado pelo Departamento de Bombeiros de Nova York à emissora CBS, parceira da BBC nos Estados Unidos. A polícia de Nova York informou à BBC News que está conduzindo uma investigação sobre o incidente e que não há preocupações adicionais de segurança no momento.
Uma testemunha ouvida pela BBC News relatou que o homem esteve nos arredores do tribunal durante toda a semana, segurando um cartaz. Julie Berman, residente em Manhattan, afirmou ter presenciado o momento em que o homem ateou fogo a si mesmo. Ele jogou papéis no ar antes de aplicar o líquido inflamável em seu corpo.
Outra testemunha, que estava circulando próximo ao tribunal, também viu o homem se autoimolando. Dave, que preferiu não divulgar seu sobrenome nem permitir a publicação de sua imagem, parecia visivelmente abalado ao falar com a imprensa. Ele descreveu o incidente como algo que nunca quis testemunhar e que permanecerá em seus pesadelos, dada a rapidez com que ocorreu.
Quando questionado se alguém tentou ajudar, Dave respondeu: “O que você faria diante disso?”. As pessoas ao redor ficaram horrorizadas e começaram a gritar quando perceberam o que estava acontecendo. O homem estava em chamas e parecia determinado a seguir com seu ato.
Em relação ao julgamento de Trump, o ex-presidente, com 77 anos, enfrenta um processo criminal. Ele é acusado de falsificar registros comerciais para ocultar um pagamento secreto à estrela pornô Stormy Daniels pouco antes das eleições de 2016, que ele venceu. Trump nega as acusações.
Se condenado, ele pode pegar até quatro anos de prisão ou ser punido com uma multa. Esse julgamento histórico ocorre em meio à campanha presidencial deste ano e pode ter impacto nas eleições de novembro, caso o provável candidato republicano seja condenado.