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Estima-se que ocorrerão 21 mil casos de câncer de estômago no triênio 2023-2025, conforme o Ministério da Saúde. O câncer gástrico é uma enfermidade que, em sua fase inicial, geralmente não exibe sintomas claros, o que dificulta a cura.
Pesquisas indicam que o adenocarcinoma é responsável por aproximadamente 95% dos casos. “Adenocarcinoma” é um termo que se refere a um câncer que se inicia nas células glandulares, que normalmente revestem o interior do estômago e produzem muco e outros fluidos gástricos.
As células glandulares secretam enzimas e ácido gástrico para auxiliar na digestão dos alimentos. Quando essas células sofrem mutações genéticas que resultam em crescimento descontrolado e formação de tumores malignos, temos o adenocarcinoma gástrico. No entanto, outros tipos de tumores, como linfomas e sarcomas, também podem se desenvolver no estômago.
Sinais de câncer de estômago
- Perda de peso sem motivo aparente
- Dor abdominal na parte superior do abdômen
- Vômitos frequentes após as refeições
- Vômito com sangue que muitas vezes pode ter cor de café
- Fezes pretas, também conhecidas como fezes alcatroadas
Fatores de risco do câncer de estômago
- Infecção por Helicobacter pylori: a presença desta bactéria no estômago tem sido associada a um maior risco de câncer gástrico;
- História familiar: pessoas com parentes de primeiro grau que tiveram câncer gástrico podem ter um risco aumentado;
- Idade: o risco de câncer de estômago aumenta com a idade;
- Sexo: os homens têm uma incidência maior de adenocarcinoma gástrico em comparação com as mulheres;
- Dieta: dietas ricas em alimentos defumados, em conserva e processados, bem como baixo consumo de frutas e vegetais, têm sido associadas a um aumento do risco;
- Em muitos casos, também podem ocorrer icterícia, perda de peso, início precoce de diabetes e perda de apetite.
Se algum desses sinais estiver presente, é importante procurar atendimento médico. O diagnóstico geralmente envolve exames como endoscopia, biópsia e exames de imagem. Já o tratamento do câncer de estômago (adenocarcinoma gástrico) depende de vários fatores, incluindo o estágio do câncer, a localização do tumor, a saúde geral do paciente e outras considerações individuais. Geralmente, uma abordagem multidisciplinar é empregada, envolvendo diferentes modalidades de tratamento.
As principais opções de tratamento incluem:
Terapia-alvo
Alguns casos de câncer de estômago podem responder a medicamentos direcionados a proteínas específicas nas células cancerígenas. Esses medicamentos são chamados de terapias-alvo e são projetados para interromper processos específicos que ajudam as células cancerígenas a crescerem.
Imunoterapia
A imunoterapia é uma abordagem que estimula o sistema imunológico do corpo a combater as células cancerígenas. Alguns pacientes com câncer de estômago podem se beneficiar desse tipo de tratamento, especialmente em casos avançados.
Cirurgia
A cirurgia é frequentemente realizada para remover o tumor no estômago. Em alguns casos, pode envolver a remoção parcial do estômago (gastrectomia parcial) ou a remoção completa do estômago (gastrectomia total). Os linfonodos próximos ao estômago também podem ser removidos para avaliar se o câncer se espalhou.
Quimioterapia
O uso de medicamentos quimioterápicos é comum para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas. A quimioterapia pode ser administrada antes ou após a cirurgia, dependendo do estágio do câncer. Às vezes, é usada para controlar o câncer em estágios avançados.
Radioterapia
A radioterapia usa feixes de radiação para destruir ou danificar as células cancerígenas. Pode ser usada antes da cirurgia para encolher o tumor, após a cirurgia para destruir células cancerígenas restantes, ou como tratamento principal para aliviar sintomas em casos avançados.