A ex-namorada do empresário Luís Cláudio Lula da Silva, o Lulinha, filho mais novo do presidente Lula, registrou nesta terça-feira, 2, um boletim de ocorrência narrando ser vítima de violência doméstica, inclusive com agressões físicas. “Me deu uma cotovelada na barriga em uma das brigas no final de janeiro”, apontou a médica Natália Maria Schincariol no registro.
Na 6ª Delegacia de Polícia Civil, localizada no Cambuci, Natália relatou ter sofrido agressões verbais, psicológicas e morais que ‘vêm se intensificando com o passar do tempo’, ‘ameaçando’ sua saúde física e mental.
Em comunicado, os advogados de Lulinha afirmaram que as alegações de Natália são ‘fantasiosas’ e as supostas agressões ‘falsas’. A defesa também argumentou que as ‘inverdades’ da médica podem ser consideradas como calúnia e que serão adotadas ‘as ações legais apropriadas’.
O relatório listou alguns ‘atos de violência’, destacando que a mulher ficou ‘ausente do trabalho por um mês devido ao trauma provocado pelas agressões’ e foi ‘internada com crises de ansiedade’.
Natália também mencionou receber ameaças e insultos constantes. O marido teria se referido a ela como ‘doente mental, vagabunda, louca’. Ela ainda afirmou ser vítima de difamação e calúnia. Quanto à agressão física que ela atribuiu ao filho do presidente, Natália contou ter levado uma ‘cotovelada no estômago’ ao se recusar a entregar seu celular ao marido.
O boletim de ocorrência também registra que o empresário teria ‘mantido relações sexuais desprotegidas com outras mulheres, contraindo infecção e expondo a ex conscientemente ao risco’.
A ex-companheira de Lulinha ainda alegou ter sido ‘manipulada e ameaçada para não denunciar as agressões, sob o pretexto de que o agressor é filho do presidente e que tem influência para escapar das acusações’.
Reprodução/Estadão