Em 2024, o risco Argentina apresentou uma queda significativa, passando de 1.888 pontos em janeiro para 1.143 em abril. Essa medição, realizada pela empresa de serviços financeiros J. P. Morgan e divulgada pelo portal Infobae, representa uma redução de 745 pontos, equivalente a quase 40%.
O risco país é um indicador que reflete a confiança do mercado na economia de um país e em sua capacidade de honrar pagamentos.
Esse indicador leva em consideração questões políticas, sociais e fiscais. Quando o risco país é baixo, há maior probabilidade de atrair capital estrangeiro, com diversos investidores direcionando recursos para os títulos do país.
Os analistas da consultoria Quantum examinaram essa mudança no cenário econômico argentino, considerando também o setor financeiro global.
Um dos fatores relevantes foi a taxa livre de risco dos títulos dos Estados Unidos, que aumentou de 3,8% para 4,6% ao ano durante os primeiros quatro meses do governo de Javier Milei.
Essa queda no índice demonstra que, sob a gestão de Milei, há maior confiança na capacidade da Argentina de cumprir seus compromissos financeiros.
Consequentemente, o país tende a atrair mais investimento estrangeiro. Quando Milei assumiu a Casa Rosada, anunciou um choque de gestão, com corte de subsídios e redução da máquina pública.
No primeiro resultado fiscal de seu governo, houve um superávit de US$ 620 milhões, algo que não acontecia desde agosto de 2012.