Um montante expressivo de R$ 14 milhões em recursos públicos, destinado à empresa de tecnologia do governo federal, foi desviado para destinos não autorizados. Essa verba, originalmente designada para o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), visava cobrir despesas relacionadas a serviços de tecnologia da informação, suporte a sistemas eletrônicos e manutenção de bases de dados oficiais. No entanto, em vez disso, foi direcionada para uma série de contas abertas em nome de várias empresas e indivíduos, alguns dos quais incluíam até beneficiários de programas sociais.
As transações fraudulentas ocorreram através do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), utilizado para pagamentos a servidores públicos, fornecedores e transferências oficiais para entidades governamentais em todo o país. A suspeita é de que os criminosos tenham conseguido acesso indevido ao sistema, permitindo-lhes desviar os fundos para contas não autorizadas.
Tanto o Ministério da Gestão e Serviços Públicos quanto o Tribunal Superior Eleitoral foram afetados por esses desvios. Em dois incidentes separados, em março e abril, grandes somas foram transferidas para contas de terceiros, algumas das quais foram posteriormente recuperadas, mas uma quantidade significativa permanece em paradeiro desconhecido.
A investigação, conduzida pela Polícia Federal, está em andamento, com o objetivo de identificar os responsáveis por esse ato criminoso e recuperar os fundos desviados. Enquanto isso, as autoridades continuam a analisar os detalhes do ataque e implementar medidas para fortalecer a segurança do sistema financeiro do governo federal.