Em uma postagem no Twitter/X, o presidente nacional do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), será lembrado como “o presidente mais covarde da história do Congresso Nacional”. A declaração foi feita nesta quinta-feira, 18.
Na ocasião, Ribeiro respondia a uma postagem do empresário Leandro Ruschel, que questionou se não era “vergonhoso” para o Congresso Brasileiro que a exposição da magnitude da censura promovida pelo Judiciário brasileiro tenha sido iniciada pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
Na noite de quarta-feira, 17, o Comitê Judiciário da Câmara dos EUA divulgou as ordens de censura impostas pelo ministro Alexandre de Moraes a perfis brasileiros no Twitter/X. A lista inclui pelo menos 300 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao longo de 541 páginas, os parlamentares americanos revelam como a censura avançou no Brasil desde 2019, quando o ministro Dias Toffoli emitiu uma ordem que permitiu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abrir investigações. Segundo juristas, essa medida contraria a Constituição.
Até o momento, Pacheco não se pronunciou sobre o caso. No entanto, o STF já se manifestou sobre a divulgação dos documentos, alegando que o relatório “não trata das decisões fundamentadas” que levaram à censura de perfis no Twitter/X.
Líderes da oposição criticaram Rodrigo Pacheco por sua postura e pediram que ele defenda as prerrogativas do Congresso Nacional. Isso ocorreu após Pacheco manifestar apoio à operação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), destacou que o papel de Pacheco é defender as prerrogativas dos parlamentares, a Constituição e a harmonia entre os Poderes.