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O presidente do PL no Rio Grande do Norte, senador Rogério Marinho, optou por não comentar as críticas feitas pelo prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), nesta terça-feira (23). Bezerra deu várias entrevistas na capital, expondo sua frustração por não ter recebido retribuição de Marinho pelo apoio dado na eleição de 2022.As informações são da jornalista Carol Ribeiro.
Bezerra abordou o assunto enquanto estava em Natal para apresentar o Mossoró Cidade Junina 2024 à imprensa e ao trade turístico da capital. Ele disse ter recebido alertas de políticos de Natal sobre a possibilidade de Marinho “fazer isso” com ele, mas optou por confiar e esperar que o senador mantivesse o apoio ao seu projeto eleitoral em 2024.
O prefeito destacou que, com o apoio de 16 vereadores de sua base, Marinho obteve uma maioria de cerca de 9 mil votos na cidade de Mossoró e esperava uma “retribuição política” por isso. No entanto, sem a garantia de que seria indicado como vice na chapa de Bezerra, Marinho seguiu com um projeto próprio do PL.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o senador informou que não iria comentar o assunto. No entanto, no mesmo dia, ele enviou uma comunicação à equipe de Allyson Bezerra sobre o empenho de R$ 700 mil em emendas impositivas de sua autoria, via Ministério da Saúde, destinadas ao Incremento Temporário ao Custeio dos Serviços de Atenção Primária à Saúde (PAP), para o fundo municipal de saúde do município de Mossoró.
Cinco dias antes, em 19 de abril, foram liberados recursos no valor de R$ 8.045.306,40, referentes à primeira parcela do total de R$ 42 milhões empenhados para a construção do Anel Viário que ligará as BRs 304 e 110, em Mossoró. A obra, de grande porte, é uma das mais aguardadas na cidade e inclui a implantação de uma ponte sobre o Rio Mossoró para melhorar a mobilidade urbana do município.
Esses recursos foram assegurados por Marinho, enquanto Ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro, no início de 2022, e solidificaram a parceria entre o prefeito e o senador, juntamente com outras liberações naquela época.
A opinião de Júnior Melo, advogado e jornalista do Terra Brasil Notícias, é de que Rogério Marinho está pagando o “mal” com um bem.