Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira (12) que não pretende se nivelar aos comentários do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que o chamou de “incompetente” e “desafeto pessoal” na quinta-feira (11). Padilha fez essa declaração enquanto participava do Fórum Brasileiro dos Líderes de Energia no Rio de Janeiro.
“Eu fico com as palavras do presidente Lula”, disse Padilha, em referência ao apoio público que recebeu de Lula ao seu trabalho.
– Sobre o resto das palavras, sinceramente eu não vou descer a esse nível. Sou filho de uma alagoana arretada que sempre disse: meu filho, se um não quer, dois não brigam – complementou.
Padilha afirmou que aprendeu a fazer política com Lula, uma política “de civilidade”, segundo ele, que vê a parceria do Poder Executivo com o Congresso Nacional “como uma dupla de sucesso”.
– Queremos repetir a dupla de sucesso que tivemos no ano passado sem nenhum tipo de rancor. Sobre rancor, a periferia da minha cidade (SP) produziu na grande figura do Emicida, que mano, rancor é igual tumor, envenena a raiz, a plateia só deseja ser feliz. Eu sou deputado e converso com todos os deputados e deputadas, senadores e senadoras, e sei que todo mundo ali quer ser feliz – disse ele.
Sobre as acusações de Lira, de que Padilha estaria vazando articulações feitas pelo presidente da Câmara para votar pela liberação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o articulador do governo Lula alegou:
– O único ato que nós fizemos publicamente durante a votação desse tema foi afirmar que o governo defendia, sim, a prisão desse parlamentar, a partir de um processo de investigação que já dura seis anos com o esforço do Ministério da Justiça e do Judiciário.
*AE