Foto: Reprodução/Reuters/Lucas Landau.
Luiz Augusto Iamassaki Fiorentino, juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS), rejeitou uma solicitação recente da defesa de Ronnie Lessa para sua transferência para a Unidade Prisional da Polícia Militar em Niterói, anteriormente conhecida como Penitenciária Vieira Ferreira Neto, na região metropolitana do Rio. As informações foram publicadas pela Agência Brasil.
Lessa, um ex-policial militar, é acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018.
A defesa de Lessa argumentou que ele está confinado em uma prisão federal há cinco anos, isolado e sem qualquer contato com o mundo exterior.
A assessoria da Justiça Federal de Campo Grande (MS) comunicou que a 5ª Vara Federal decidiu manter a decisão que prorrogou o período de detenção de Ronnie Lessa no sistema penitenciário federal, rejeitando o pedido de reconsideração da defesa.
Em 3 de abril deste ano, a Justiça Federal optou por estender por mais um ano a detenção de Ronnie Lessa na prisão federal em Campo Grande. Com essa decisão, Lessa permanecerá na instituição até março de 2025.
O período de detenção de Ronnie Lessa terminou em 21 de março, mas foi prorrogado por uma decisão do juiz federal Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, corregedor da penitenciária. Se o prazo não fosse prorrogado, Lessa teria sido transferido de volta para o sistema penal do Rio, onde enfrenta vários processos na 4ª Vara Criminal da capital.
Lessa, um dos informantes no caso Marielle, identificou os irmãos Brazão como os mandantes do assassinato em seu depoimento. De acordo com ele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Chiquinho Brazão, deputado federal (sem partido-RJ), estão envolvidos no assassinato da vereadora.
Eles foram detidos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e também estão em prisões federais. A defesa dos acusados nega as alegações.