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O senador Sergio Moro, representante do União Brasil do Paraná, não comentou sobre o afastamento temporário da juíza Gabriela Hardt, que o sucedeu nos casos da Operação Lava Jato, bem como de outros três juízes, determinado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta segunda-feira. O grupo é investigado por possíveis falhas nos procedimentos da operação.
A sessão plenária do CNJ, prevista para esta terça-feira, avaliará a medida tomada pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, que resultou no afastamento dos magistrados. Entre os afetados estão Gabriela Hardt, que assumiu o lugar de Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba; o juiz Danilo Pereira Júnior, que atualmente cuida da Lava Jato; e os desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
De acordo com Salomão, houve descumprimento de determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) e infrações às normas da magistratura em decisões ligadas à Lava Jato. Foi destacado que Gabriela Hardt autorizou a formação de uma entidade privada financiada por verbas da Lava Jato, supostamente com o intuito de desvio de fundos. Hardt teria negociado esse acordo judicialmente de forma irregular, utilizando comunicação eletrônica com o Ministério Público Federal.
Moro não defendeu seus ex-colegas publicamente. Em suas redes sociais, ele não abordou o tema e manteve-se silencioso. Quando indagado por jornalistas sobre sua opinião a respeito dos afastamentos, o senador optou por não se pronunciar.