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Na semana passada, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, organizou um almoço no comando do Exército, em Brasília, com o senador da oposição, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), com o intuito de persuadir o ex-vice-presidente a apoiar a PEC que propõe a transferência obrigatória para a reserva dos militares que desejam concorrer nas eleições. Além de Monteiro e Mourão, estiveram presentes no almoço o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e os comandantes das Forças Armadas. Embora todos os participantes tenham expressado apoio à medida, Mourão manteve sua oposição ao texto. Ficou acordado que a proposta será submetida à votação no plenário do Senado, embora a data ainda não tenha sido definida. “Continuo contra a PEC e sempre considerei que precisamos colocá-la em votação”, afirmou Mourão à coluna de Bela Megale, para o jornal O Globo.
Jair Bolsonaro, ex-vice-presidente, vinha buscando uma modificação na PEC para garantir aos militares uma remuneração proporcional ao tempo de serviço nas Forças Armadas, mesmo que não tenham completado o período necessário para a aposentadoria. Atualmente, a PEC prevê remuneração somente para aqueles que cumpriram tempo suficiente nas Forças para se aposentar. Segundo relatos da coluna, Jaques Wagner declarou que não há “nenhuma chance” de o governo apoiar a proposta de Mourão.