Segundo informações da revista Veja, o Brasil expressou forte condenação à ação da polícia equatoriana que invadiu a embaixada mexicana em Quito. Na sexta-feira à noite, a polícia forçou a entrada na embaixada para prender Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador, condenado por corrupção e que havia buscado asilo político.
O governo brasileiro considerou a ação uma violação clara da Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. O Itamaraty, em nota divulgada no sábado, expressou solidariedade ao governo mexicano.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma postagem no X, antigo Twitter, expressou solidariedade ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que anunciou mais cedo que o México rompeu relações diplomáticas com o Equador.
Toda minha solidariedade ao presidente e amigo @lopezobrador_. https://t.co/kZzcjDWJbG
— Lula (@LulaOficial) April 6, 2024
A nota do Itamaraty condenou a ação da polícia equatoriana na embaixada mexicana em Quito na noite anterior. A ação foi considerada uma violação clara das convenções que estabelecem a inviolabilidade dos locais de uma missão diplomática, acessíveis apenas com o consentimento do chefe da missão.
O presidente mexicano, López Obrador, anunciou no sábado que o país rompeu relações diplomáticas com o Equador após a invasão policial à embaixada mexicana em Quito. Ele chamou a ação de “violação flagrante do direito internacional e da soberania” do México.
Na sexta-feira à noite, a polícia forçou a entrada na embaixada para prender Jorge Glas, que reside no local desde dezembro. O México só informou na sexta-feira que concedeu refúgio a Glas.
Em defesa, a presidência do Equador afirmou que o país é soberano e não permitirá que nenhum criminoso permaneça em liberdade. A secretária de Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, afirmou que o México levará o caso ao Tribunal Internacional de Justiça para denunciar a responsabilidade do Equador pelas violações do direito internacional.
Jorge Glas foi condenado a seis anos de prisão em 2017, mas alega ser vítima de perseguição pela Procuradoria-Geral do Equador.