O progenitor de uma família assassinada a tiros em um veículo em Niterói (RJ), na região metropolitana do Rio de Janeiro, em 17 de março, se passou por um policial militar para enganar traficantes e receber R$ 50 mil por denunciar um suposto informante. A execução teria sido realizada após o grupo criminoso descobrir a falsidade. Um indivíduo suspeito de participação foi detido na quarta-feira, dia 3.
Filipe Rodrigues, 24 anos, se passou por um policial militar para divulgar a identidade de um informante para o líder do tráfico na comunidade do Castro, recebendo R$ 50 mil em troca. O suposto informante, que já teria causado prejuízos ao grupo, desapareceu após a denúncia.
O veículo de Filipe Rodrigues foi alvo de uma emboscada no bairro Baldeador, em Niterói. Embora sua esposa, Rayssa Santos, 23 anos, e o filho Miguel Filipe, de apenas sete meses, não fossem os alvos, ambos foram mortos. O bebê chegou a ser levado para o hospital, mas não sobreviveu.
A DHNSG (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) está investigando o caso e prendeu Wesley Pires da Silva Sodré, suspeito de participação na emboscada, na quarta-feira. Lucas Lopes da Silva, tido como o líder do tráfico na área, continua foragido.
Filipe Rodrigues tentou ludibriar os criminosos, exigindo R$ 50 mil em troca de informações. O grupo pagou uma parcela de R$ 11 mil e o suposto informante desapareceu em 15 de março.
No entanto, após a “empreitada”, descobriram que Filipe Rodrigues não era policial.
Com essa revelação, os criminosos combinaram um encontro com a vítima do tiroteio na Estrada Bento Pestana, onde os restantes R$ 39 mil seriam entregues. Contudo, o carro em que Filipe Rodrigues se dirigiu ao local com a família foi alvo de um ataque a tiros.