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O Hamas divulgou, nesta quarta-feira, 24 de abril, um vídeo de um refém de 23 anos com dupla nacionalidade americana e israelense que teve o braço amputado.
Hersh Goldberg-Polin foi sequestrado na rave Universo Paralello, palco principal dos atentados de 07 de outubro.
“Saí em busca de diversão com meus amigos e, em vez disso, acabei lutando para sobreviver com ferimentos graves no corpo todo”, relata Goldberg-Polin no vídeo.
Apesar do conteúdo ter sido veículado pelos terroristas como uma prova de vida do refém, as condições e a data da gravação deste vídeo permanecem incertas.
Na gravação, Goldberg-Polin critica diretamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por sua falha em negociar sua libertação, bem como a de outros capturados.
“Enquanto vocês almoçam com suas famílias, pensem em nós, detidos em um inferno subterrâneo, sem água, comida, sol e sem o tratamento de que preciso”, diz o refém.
Hamas não saberia onde estão os reféns
O grupo terrorista Hamas tem indicado aos negociadores internacionais de um cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza quenão saberia onde estão os reféns israelenses, sequestrados por eles no início da guerra há cerca de 180 dias. A libertação de ao menos 40 reféns seria o primeiro passo para as negociações —mas a notícia pode dificultar ainda mais o acordo.
Segundo oficiais israelenses e de outros países envolvidos na negociação, a soltura deste primeiro lote de reféns, incluindo aí mulheres e idosos com restrições de saúde, seria o necessário para um cessar-fogo de seis semanas, onde Israel e o grupo terrorista negociariam mais condições para a manutenção da paz na região.
No entanto, os negociadores internacionais teriam sido informados pelos representantes do Hamas que o grupo não teria sob seu domínio tais reféns, nem saberia onde eles estão.
No início da guerra contra Israel, em 7 de outubro, o grupo terrorista matou mais de 1.200 pessoas — e levou consigo mais de 250 reféns.
Israel acredita que 133 deles ainda estão vivos e em domínio do Hamas, mas eles podem estar sob custódia de diferentes membros e facções do grupo, assim como em poder de gangues, outros militantes e mesmo em famílias de Gaza.
Essa é uma política prevista no próprio Alcorão, o livro sagrado da religião muçulmana. Em uma das suras que compõe o livro, se determina: “quando vos enfrentardes com os incrédulos, [em batalha], golpeai-lhes os pescoços até que os tenhais dominado, e tomai [os sobreviventes] como prisioneiros”. A libertação seria apenas “por generosidade ou mediante resgate, quando a guerra tiver terminado.”
O Antagonista