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Na noite de 1º de janeiro de 2023, logo após tomar posse pela terceira vez como presidente, Lula assinou os primeiros atos de seu novo governo, incluindo a retirada dos Correios da lista de privatizações. A decisão foi um claro rompimento com a política anterior, que tinha projetos de privatização aprovados. A nova gestão planeja reestruturar a empresa, fortalecendo-a como uma estatal estratégica para o país. As informações são da Veja.
O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, destacou que a missão é atender bem a população, mesmo que isso não signifique lucro imediato. O plano inclui novas atividades, construção de centros de distribuição e investimentos em tecnologia e marketing, visando a sustentabilidade da empresa.
Fabiano Santos, indicado por Lula, propôs a reabertura de vagas e concursos, o resgate das ações de marketing e a retomada das contratações, além da recomposição de benefícios. A empresa, que em 2016 tinha 115 mil funcionários, agora possui 85 mil. A redução do quadro, por meio de programas de demissão voluntária, foi uma das medidas adotadas para ajustar as finanças pré-privatização no governo anterior. Apesar do lucro recorde em 2021, a empresa teve prejuízo em 2022 e 2023, mas garante não precisar de ajuda do governo.
Os Correios enfrentam desafios como a redução das correspondências tradicionais e a concorrência acirrada no segmento de entregas de encomendas, embora sejam os únicos com agências em todos os municípios do Brasil. A estratégia agora é diversificar as atividades, com planos para criar um marketplace próprio, firmar parcerias e explorar o agronegócio e o transporte de cargas. José Roberto Lyra, consultor da Associação Brasileira de Logística, acredita que os Correios, bem gerenciados, podem ser eficientes e lucrativos. No entanto, o sucesso dependerá da capacidade do governo de cumprir essa missão, ou o custo recairá sobre a empresa.