As antigas personalidades de reality show, Abby e Brittany Hensel, expressaram em uma entrevista o desejo de se tornarem mães. No entanto, como as irmãs siamesas são unidas da cintura para baixo e possuem órgãos reprodutores compartilhados, surgiram muitas dúvidas sobre a viabilidade disso — e sobre qual delas seria reconhecida como a mãe, caso ocorresse uma gravidez.
Ainda na adolescência, as irmãs, à época com 16 anos, afirmaram no documentário Joined for Life que planejavam ser mães mais tarde. “Sim, um dia seremos mães, mas não queremos falar sobre como vai funcionar ainda”, disse Abby, casada atualmente com o enfermeiro Josh Bowling.
Caso ela e Brittany tenham descendentes biológicos, seriam as primeiras gêmeas dicéfalas a conseguir tal feito. Cada uma possui seu próprio coração, pulmões, estômago e rim. Contudo, compartilham outros órgãos, incluindo o cólon, reto, bexiga e sistema reprodutivo.
Dado que Abby e Brittany compartilham os mesmos órgãos vitais, é incerto se uma gestação é viável ou quem seria a mãe legal, conforme reportado pelo jornal americano The Telegraph. Ainda é desconhecido se o mundo terá essas respostas algum dia, pois as gêmeas siamesas valorizam sua privacidade.
Outros exemplos
Os gêmeos siameses Chang e Eng Bunker, nascidos em 1811, tiveram 21 filhos – 10 de Chang e 11 de Eng. Eles detêm o recorde de maior número de filhos gerados por gêmeos não separados, segundo o Guinness World Records.
Rosa e Josepha Blažek, outras gêmeas siamesas, também tiveram um filho, em abril de 1910. Neste caso, quem gerou o bebê foi Rosa. A criança foi apelidada de “filho de duas mães”, e até viajou com elas em turnês pela Europa e Estados Unidos.