Foto: Eduardo Ricken/TV Globo
Em 6 de junho de 2006, durante o último ano de seu primeiro mandato, o presidente Lula iniciou as obras da ferrovia Transnordestina em Missão Velha, no Ceará. O projeto, orçado inicialmente em R$ 4,5 bilhões, deveria ser concluído até 2010.
A ferrovia planejava conectar 81 municípios do Ceará, Piauí e Pernambuco ao longo de 1.753 quilômetros, facilitando o transporte de produtos agrícolas, minérios e combustíveis para os portos do Pecém (CE) e Suape (PE).
No entanto, em 5 de abril de 2024, durante o terceiro mandato de Lula, o custo do projeto aumentou para R$ 14 bilhões, e a extensão foi reduzida para 1.206 quilômetros, com previsão de conclusão para 2029.
A Transnordestina enfrentou diversos desafios legais e técnicos ao longo de quase duas décadas, incluindo processos no Tribunal de Contas da União (TCU), que resultaram na suspensão de recursos federais por cinco anos.
A Transnordestina, um dos maiores projetos de infraestrutura do Brasil, foi lançada junto com a transposição do rio São Francisco e incorporada ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2007. A obra é uma parceria entre o governo federal e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Construção da Transnordestina começou pelo “meio” para depois chegar às “pontas”: Eliseu Martins (PI), Pecém (CE) e Suape (PE) — Foto: Transnordestina Logística SA
A Transnordestina Logística SA (TLSA) foi criada para gerenciar a construção e futura operação da ferrovia, absorvendo a antiga Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN).
O projeto original tinha um formato de “T” invertido, ligando Eliseu Martins no Piauí, o Porto de Suape em Pernambuco e o Porto do Pecém no Ceará, com um ponto de encontro em Salgueiro, Pernambuco, onde se localiza o centro industrial do projeto.
A construção foi dividida em três fases, com a primeira e maior fase estendendo-se do Porto do Pecém até São Miguel do Fidalgo no Piauí, passando por Salgueiro em Pernambuco. A obra começou em Missão Velha, onde o projeto foi lançado.
As duas fases atuais das obras da Transnordestina tocadas pela TLSA — Foto: Transnordestina Logística SA