O empresário Samuel Barata, que era o controlador do grupo DPSP composto pelas Drogarias Pacheco e São Paulo, faleceu no Rio de Janeiro aos 93 anos em uma segunda-feira (22). A causa da morte não foi divulgada.
Em 2023, Barata ocupava a 74ª posição na lista de bilionários da Forbes no Brasil, com um patrimônio estimado em cerca de US$ 1 bilhão, equivalente a aproximadamente R$ 5 bilhões. Ele deixa quatro filhos, oito netos e doze bisnetos.
A trajetória de Barata no setor começou nos anos 1970, quando adquiriu uma distribuidora de produtos farmacêuticos no Rio de Janeiro. Pouco tempo depois, em 1974, ele comprou a Drogaria Pacheco, fundada em 1892. Sob sua gestão, a empresa se tornou a maior rede de farmácias no Estado do Rio e a quarta maior do país.
Em 2011, a Pacheco reagiu à união entre as redes Raia e Drogasil (RD). Menos de um mês após a formação da RD, a Pacheco e a Drogaria São Paulo anunciaram a combinação das redes, criando o grupo DPSP, que se tornou a segunda maior cadeia do setor no Brasil.
Após a transação, Samuel Barata assumiu a presidência do conselho de administração da nova empresa. A família Barata detém 51% das ações, enquanto os Carvalho, da Drogaria São Paulo, possuem 49%. Atualmente, a família fundadora da rede Pacheco é a sócia majoritária do grupo.
Barata sempre foi conhecido por seu perfil “low profile” e sua abordagem racional no setor. Ele permaneceu ativo no dia a dia da empresa até a fusão dos negócios.
Apesar de ter ficado atrás da RD em número de lojas e receita, o interesse na aquisição da DPSP cresceu nos últimos anos. Investidores e grupos internacionais mostraram interesse na empresa. No entanto, as diferentes visões entre os acionistas das duas famílias dificultaram os acordos.
Em 2020, a DPSP registrou uma receita líquida de R$ 9,8 bilhões e um lucro líquido de R$ 7,6 milhões. A rede possui cerca de 1.550 lojas distribuídas em nove estados do Brasil, além do Distrito Federal.
Em nota, o Grupo DPSP lamentou o falecimento. “O empresário Samuel Barata foi responsável por revolucionar o varejo farmacêutico fluminense, ainda na década de 1970”, escreveu.