Foto: Reprodução/Estadão.
A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou a Filipe Martins que autorize o governo dos Estados Unidos a consultar suas entradas e saídas do país. O Departamento de Estado dos EUA (equivalente ao Itamaraty) se negou a fornecer informações por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sem a autorização de Martins. As informações são do Poder 360.
Martins, que foi preso em 8 de fevereiro de 2024 na operação Tempus Veritatis e permanece detido, teve sua prisão autorizada com base no argumento da Polícia Federal (PF), aceito por Moraes, de que ele estaria foragido e apresentava risco de fuga do país. Entretanto, quando a ordem de prisão foi emitida, a PF sabia facilmente onde encontrá-lo.
Após a resposta dos EUA, Paulo Gonet, procurador-geral da República, sugeriu que Moraes acionasse o Ministério da Justiça e Segurança Pública para iniciar o processo de cooperação internacional. O parecer foi emitido em 18 de abril.
No pedido, Gonet argumenta que é “do interesse” de Filipe Martins ter acesso às informações do governo dos EUA e, portanto, ele deveria autorizar a divulgação dos dados. A PGR alega que as eventuais respostas podem “reforçar” a defesa do ex-assessor.
Agora, o parecer será analisado por Moraes nos próximos dias. Desde 8 de fevereiro, Filipe Martins está detido no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR), o mesmo local utilizado para os presos da operação Lava Jato.
A defesa de Martins afirma que o ex-assessor embarcou em um voo da Latam de Brasília para Curitiba em 31 de dezembro de 2022. A companhia aérea confirmou a viagem para a capital paranaense.
O Poder360 tentou contatar a defesa de Filipe Martins para questionar se ele autorizará, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto.