Nesta quarta-feira (20/3), durante um evento na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, foi alvo de vaias ao expressar seu apoio à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, argumentando que sua atuação é benéfica para o setor agrícola brasileiro.
A declaração provocou agitação entre os presentes, compostos por líderes do agronegócio e parlamentares da bancada ruralista, que discordam dessa visão. As vaias foram intensas e o ministro tentou lidar com a situação de forma diplomática.
Teixeira citou o recorde de aberturas de mercado e o bom resultado das exportações do agronegócio, e vinculou isso ao “ativo ambiental” do país, defendido por Marina Silva.
“A diminuição do desmatamento no Brasil é um cartão de visita para as exportações do agro brasileiro”, explicou o ministro à plateia.
Horas antes, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), destacou a importância de a ministra promover uma imagem favorável da agricultura no exterior.
Durante um evento na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Teixeira enfatizou que o suprimento de terras precisará ser complementado por alocações orçamentárias adicionais e um reforço no financiamento fundiário. O ministro não especificou a quantidade de hectares que serão designados para novos assentamentos.
Reforma agrária
No mesmo evento, Paulo Teixeira anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelará, em 3 de abril, a “prateleira de terras”, um conjunto de áreas identificadas para integrarem o programa nacional de reforma agrária.
Teixeira reiterou a necessidade de complementar o “estoque de terras” com recursos do orçamento e um aumento no apoio ao crédito fundiário. No entanto, o ministro não deu detalhes sobre a quantidade de hectares destinados à criação de novos assentamentos.
Com informações de Globo Rural