Na noite de sexta-feira (29/3), uma tragédia abalou a Polícia Militar de São Paulo. O cabo Rahoney de Paula Vieira, do 4º Batalhão de Choque, foi morto por um colega de farda que o confundiu com um suspeito. Rahoney, que estava de folga e vestido à paisana, realizava uma abordagem na Vila Andrade quando foi erroneamente identificado como um criminoso.
De acordo com informações do Metrópoles, os policiais do 16º Batalhão da PM, que passavam pelo local, viram Rahoney com um capacete e uma arma apontada para um veículo e presumiram que se tratava de um assalto. Um dos agentes disparou contra Rahoney, que foi levado ao Hospital Albert Einstein, onde infelizmente veio a óbito.
Rahoney, que tinha 31 anos, havia trabalhado no 16º BPM antes de se juntar ao Comando de Operações Especiais da PM. Ele até compartilhou um vídeo em uma rede social falando sobre seu tempo no 16º BPM, poucas horas antes de sua morte.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) e o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) estão investigando o caso, que é tratado como morte decorrente de intervenção policial. O 4º Batalhão de Choque lamentou a perda de Rahoney, que ingressou na corporação em 2014 e deixa um filho pequeno.
Em um incidente separado, Rahoney e outro policial se envolveram em uma suposta troca de tiros no litoral paulista em fevereiro. A versão oficial dos PMs é questionada por uma foto que mostra um dos supostos criminosos sentado em frente à sua casa com muletas ao lado, uma hora antes do confronto. A família do homem afirma que ele não possuía armas ou drogas. A ocorrência está sendo investigada pela Polícia Civil, Corregedoria da PM, Ministério Público e Tribunal de Justiça.