Foto: REPRODUÇÃO / RECORD TV
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal complemente e aprofunde a investigação sobre o caso do tumulto que envolveu a família do ministro Alexandre de Moraes no ano passado, na Itália, quando o ministro esteve no país europeu com familiares para participar de uma palestra no Fórum Internacional de Direito.
O ministro analisou um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República para retorno das investigações para a autoridade policial. Em fevereiro, a PF disse em relatório que houve injúria contra filho de Moraes em Roma, mas descartou indiciamento.
“Há elementos de convicção sobre ter havido, na data e local indicados, atos de hostilidade de gravidade considerável. A falsa imputação da conduta criminosa ao Ministro foi realizada pelos investigados de maneira pública e vexatória. É claro o objetivo de constranger”, diz a PGR.
Além disso, segundo a PGR, quando a PF analisou o conteúdo do único aparelho celular apreendido na residência de um dos agressores, a PF identificou mensagem em que “o episódio investigado é narrado de maneira distorcida da realidade”.
“O que pode indicar o compartilhamento de conteúdo de vídeo gravado na ocasião e posteriormente manipulado para retratar um cenário fantasioso. Esses dados podem ser aprofundados e minudenciados, quando menos para que se apure a extensão dos agravos”, disse.
“Ante o exposto, levante-se o sigilo, e, na sequência, remetam-se à autoridade policial para a complementação das investigações, consoante manifestação ministerial”, afirmou Toffoli.
R7