O comércio eletrônico está cada vez mais presente nos smartphones dos brasileiros, com um novo aplicativo ganhando destaque: Temu. Comparado a uma mistura entre Shein e Shopee, há expectativas de que esta varejista chinesa entre no mercado brasileiro até o final do primeiro semestre de 2024, embora não haja uma confirmação oficial.
A Temu tem expandido sua presença globalmente e pode representar uma ameaça para varejistas como Amazon, Shein e Shopee.
Entenda o que é a Temu
A Temu é uma varejista chinesa de comércio eletrônico, lançada em 2022, ainda pouco conhecida no Brasil. Com uma ampla gama de produtos, desde roupas até eletrônicos e móveis, a empresa iniciou suas operações nos Estados Unidos e expandiu para o Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, França, Itália, Alemanha, Países Baixos, Espanha e Portugal.
Competição com Amazon, Shopee e Shein
A Temu é a versão internacional do Pinduoduo (PDD Holdings), uma das principais plataformas de comércio eletrônico da China. Seu sucesso se deve aos preços muito baixos, superando as vendas da Shein nos EUA pela primeira vez em maio de 2023.
Em 2023, a Temu se tornou o aplicativo mais baixado nos EUA, com mais de 150 milhões de usuários mensais. À medida que continua sua expansão global, a Temu se torna uma preocupação não apenas para a Shein, mas também para várias outras varejistas online.
Preços competitivos e frete grátis
O sucesso da Temu não é à toa. Nos EUA, a empresa oferece preços baixos e frete gratuito, sem a necessidade de um valor mínimo de compra. Segundo o Morgan Stanley, a Temu vende uma variedade de produtos com preços até 70% mais baixos do que produtos similares na Amazon.
Essa estratégia agressiva lembra os primeiros movimentos da Shopee no mercado brasileiro, quando também oferecia preços baixos e frete gratuito ilimitado.
Da fábrica para o consumidor
A Temu envia seus produtos diretamente das fábricas chinesas para os consumidores, eliminando intermediários. Essa abordagem pode explicar os preços baixos dos produtos da varejista.
No entanto, há especulações sobre a conformidade com normas trabalhistas na fabricação dos produtos da Temu. A empresa enfrentou críticas de políticos no Reino Unido e nos EUA, com uma investigação do governo americano sugerindo um risco elevado de produtos fabricados com trabalho análogo à escravidão.
Com informações de Monitor do Mercado