crédito: Reprodução/Renan Olaz/CMRJ
Em um depoimento, o ex-membro da polícia militar Ronnie Lessa revelou que a expansão imobiliária controlada pelas milícias no Rio de Janeiro está relacionada aos homicídios da política Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. A jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, reportou essa informação.
O deputado Chiquinho Brazão negou qualquer participação no crime de Marielle.
Cláudio Castro, comentando sobre o caso, expressou o desejo de uma resolução rápida.
A confissão de Lessa foi formalizada com a Polícia Federal e validada recentemente pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Conforme Megale, Lessa descreveu à Polícia Federal o conflito de Marielle com indivíduos interessados na ampliação de territórios favorecendo uma facção miliciana do Rio, o que levou à sua contratação para o crime.
Após Lessa fechar um acordo de delação, sua defesa se retirou do caso.
A especulação imobiliária emergiu como um dos alicerces econômicos do crime organizado local. Segundo a prefeitura do Rio, mais de 1.300 construções ilegais ligadas a milícias foram destruídas, resultando em um prejuízo estimado em 646 milhões de reais para esses grupos.
Em janeiro, O Globo publicou um artigo sugerindo um motivo para o assassinato de Marielle. Lessa indicou que o mandante do crime queria legalizar um terreno para especulação imobiliária, enquanto Marielle defendia que a área fosse usada para habitação social. O terreno em questão localiza-se em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.
com informações Correio Brasiliense