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Imagens inéditas cedidas pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (8) revelam a quantidade de dólares encontrados ocultos na parede falsa de uma residência em Curitiba, no bairro Mercês.
O montante, equivalente a três milhões de dólares, aproximadamente 15 milhões de reais, foi descoberto durante uma operação conjunta da PF e Receita Federal (RF) contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, realizada na quarta-feira (6) em municípios do Paraná, Ceará e Santa Catarina. Mais detalhes abaixo.
As imagens preliminares divulgadas pela Polícia Federal mostraram que os valores estavam meticulosamente embalados em plástico dentro da parede. As novas imagens mostram as cédulas fora das embalagens, sendo contabilizadas.
O dinheiro foi apreendido e encaminhado à Caixa Econômica Federal de Curitiba para a contagem oficial.
Na ocasião, a Polícia Federal informou que o indivíduo preso no Paraná, localizado na região de Curitiba, é um empresário atuante nos setores de transporte, construção civil e aluguel de maquinário pesado. No entanto, seu nome não foi oficialmente divulgado.
Outro suspeito também foi detido em Balneário Camboriú (SC). De acordo com as investigações, ambos são suspeitos de liderar um grupo envolvido com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Imagens feitas durante a operação na residência mostram os pacotes de dólares intactos.
A operação A operação resultou na emissão de dois mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão.
Locais onde os mandados foram executados:
- Paraná: Curitiba, Tijucas do Sul, Santo Antônio do Sudoeste, Londrina, Loanda, Piraquara, Pontal do Paraná, Campina Grande do Sul, Matinhos, Pinhais e Fazenda Rio Grande.
- Santa Catarina: Balneário Camboriú, Itajaí, Dionísio Cerqueira, Barra Velha e Itapoá.
- Ceará: Barroquinha.
De acordo com a PF, os investigados tiveram seus bens bloqueados, incluindo imóveis urbanos e rurais, veículos de luxo, jet skis, caminhões e maquinário agrícola. Contas bancárias também foram bloqueadas.
Durante as apreensões, foram encontradas bolsas dentro de veículos contendo mais de R$ 100 mil em espécie.
Além disso, a PF e RF realizaram buscas em um escritório de contabilidade em Curitiba, cujo proprietário é suspeito de criar empresas em nome de terceiros e auxiliar a organização na lavagem de dinheiro.
A ação mobilizou cerca de 200 policiais federais, 20 auditores da Receita Federal, com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC).
Investigações Segundo a polícia, o líder do grupo utilizava pessoas e empresas fictícias para lavar dinheiro e bens.
As investigações revelaram que o suspeito adquiriu imóveis para uso próprio em nome de uma imobiliária e outra empresa, as quais foram responsáveis pela compra de pelo menos três imóveis de alto padrão em Curitiba.
Essas empresas apresentavam declarações de faturamento à Receita Federal, apesar de não prestarem serviços ou registrarem vendas de mercadorias, conforme constatado pela operação.
A PF afirmou que uma das empresas gastou mais de R$ 8 milhões em máquinas pesadas para locação e serviços, embora nenhum serviço tenha sido efetivamente prestado, de acordo com as investigações.
“Outra empresa relacionada ao setor de ‘atividades esportivas’, em nome da companheira do líder do grupo, apresentava declarações de faturamento falsas, provavelmente para justificar e aparentar legalidade nos gastos e despesas pessoais do casal, que eram, na verdade, financiados por recursos provenientes das atividades criminosas”, declarou a polícia.
Segundo a PF, o líder da organização criminosa havia sido preso anteriormente por tráfico internacional de drogas e utilizava documentos falsos para não levantar suspeitas das autoridades.
Durante as investigações, a equipe policial identificou duas remessas de cocaína vinculadas ao grupo, uma delas consistindo em uma apreensão de 700 quilos de droga escondidos em uma lixeira de metal. Foi descoberto que o material seria transportado para o Nordeste do país.
A outra remessa foi localizada durante uma apreensão de cerca de 800 kg de cocaína em um navio rebocador na região de Santa Catarina.
Com informações do G1.