Cientistas chineses identificaram que consumir sete ou mais latas de refrigerante zero por semana pode aumentar a probabilidade de desenvolver arritmia cardíaca a longo prazo, conforme publicado em um estudo na revista científica Circulation: Arrhythmia and Electrophysiology nesta terça-feira (5/3).
A pesquisa envolveu 200 mil adultos do Reino Unido sem histórico de problemas cardíacos, acompanhados ao longo de 10 anos por meio de questionários alimentares e amostras sanguíneas. Os resultados indicaram que indivíduos que ingeriam aproximadamente sete latas de bebidas adoçadas artificialmente por semana apresentavam um risco 20% maior de desenvolver arritmia cardíaca em comparação com aqueles que não consumiam tais bebidas.
A arritmia cardíaca provoca irregularidades no ritmo cardíaco, resultando em batimentos muito lentos ou rápidos. Os sintomas incluem palpitações, falta de ar, tontura ou desmaios, podendo também ser assintomática. Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), a condição afeta cerca de 20 milhões de pessoas no Brasil, resultando em mais de 320 mil mortes súbitas anualmente. No entanto, com tratamento adequado, a maioria dos afetados pode levar uma vida normal.
Os pesquisadores ressaltam que os dados são observacionais, não estabelecendo uma relação de causa e efeito. Ningjian Wang, principal autor do estudo da Escola de Medicina da Universidade Jiao Tong de Xangai, destaca a complexidade das dietas e afirma que as descobertas não podem concluir definitivamente que uma bebida específica representa mais risco à saúde do que outra.
“Mas, com base nessas descobertas, recomendamos que as pessoas reduzam ou mesmo evitem bebidas adoçadas artificialmente e açucaradas sempre que possível. Não acredite que opções com baixo teor de açúcar e adoçadas artificialmente são saudáveis, pois elas podem representar riscos potenciais para a saúde”, alerta o estudo.
Como diminuir os impactos de arritmia cardíaca
- Evitar o consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco;
- Reduzir o estresse;
- Manter uma dieta saudável;
- Praticar exercícios regularmente;
- Em casos mais complexos, o paciente por precisar de tratamentos medicamentosos, marca-passo ou um cardioversor desfibrilador implantável.
Com informações de Metrópoles