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Um recente estudo publicado no “Journal of the American College of Cardiology” sugere que as mulheres podem alcançar benefícios de longevidade semelhantes aos dos homens com menos exercícios.
Embora as diretrizes de atividade física para adultos americanos sejam as mesmas para ambos os sexos, as diferenças de tamanho corporal e massa muscular indicam que as mulheres podem obter ganhos em longevidade com menos exercícios do que os homens.
A pesquisa analisou mais de 400.000 adultos nos EUA, entre 1997 e 2017, correlacionando seus níveis de atividade física com os registros de óbitos. Descobriu-se que as mulheres obtiveram maiores benefícios de longevidade do que os homens com a prática de exercícios.
Para os homens, o pico dos benefícios surgiu com 300 minutos semanais de exercício moderado a vigoroso, resultando em um risco geral de mortalidade 18% menor do que os inativos. Já para as mulheres, apenas 140 minutos de exercício por semana foram suficientes para reduzir o risco de mortalidade em 18%. Quando as mulheres se exercitaram por 300 minutos por semana, reduziram o risco em 24%.
Além disso, descobriu-se que os homens se beneficiavam mais com o fortalecimento muscular em três sessões semanais, enquanto as mulheres alcançavam benefícios semelhantes com apenas uma sessão por semana.
Segundo Martha Gulati, diretora de cardiologia preventiva do Smidt Heart Institute em Cedars-Sinai (EUA) e coautora do estudo, isso pode ser explicado pelas diferenças na fisiologia entre homens e mulheres. Gulati observa que os homens geralmente têm maior massa muscular e massa corporal magra, o que requer mais exercícios para obter benefícios semelhantes.
No entanto, a pesquisa mostra que as diferenças entre os gêneros diminuem com doses mais baixas de exercício. Gulati ressalta que o estudo não considerou as atividades diárias, como caminhar para o trabalho, o que pode influenciar nos benefícios à longevidade.
Embora as descobertas não devam alterar as diretrizes de atividade física, Gulati espera que incentive os profissionais de saúde a considerar as necessidades de exercício com base no gênero ao prescrever para os pacientes.
“A mensagem para as pessoas é que mesmo uma pequena quantidade de atividade física já pode trazer grandes benefícios”, destaca Gulati.
Com informações da Valor Econômico.