Nesta sexta-feira, 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher, um momento crucial para refletirmos sobre a igualdade de gênero em todas as áreas da vida. O machismo e o preconceito permeiam cada esfera da sociedade, mas um estudo do Instituto para Mulheres, Paz e Segurança (GIWPS) da Universidade Georgetown nos oferece um raio de esperança: a Dinamarca, considerada o melhor país do mundo para ser mulher, serve como um exemplo a ser seguido por todas as nações.
O Índice Mulheres, Paz e Segurança (WPS) da Universidade, publicado no final de 2023, coloca a Suíça e a Suécia logo atrás da Dinamarca no ranking. Para determinar quais países oferecem melhores condições de vida para as mulheres, o estudo analisou dados que medem inclusão, justiça e segurança para mulheres em 177 países.
Os melhores colocados “são mais prósperos, pacíficos, democráticos e melhor preparados para responder aos impactos das alterações climáticas”, explicou Elena Ortiz, autora principal do relatório, ao jornal da Georgetown. “Quando as mulheres estão bem, todos na sociedade estão bem, e o nosso índice mostra isso”, acrescentou.
Brasil no retrovisor
A novidade da edição do último foi o indicador sobre violência política, dentro do qual México, Brasil, Nigéria, República Democrática do Congo e Mianmar apresentam as mais graves taxas. No ranking geral, o Brasil aparece na 115ª posição dos melhores países para mulheres viverem – longe da vizinha Argentina, na 50ª colocação, e destaque positivo da América do Sul.
Nos cinco últimos lugares, estão Sudão do Sul, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Iêmen e Afeganistão — este último apresentou taxas três vezes piores quando comparadas as da Dinamarca.
Top 10 países para ser mulher
As nações que disparam nos direitos para mulheres estão centrados na Europa. A Dinamarca apresenta excelentes pontuações no acesso feminino à Justiça e é um dos 14 países com um código legal totalmente voltado para a equidade de gênero. Por lá, todas as mulheres também têm a própria conta bancária — do outro lado do espectro, no Afeganistão, menos de 5% delas têm independência financeira.
As pontuações de destaque estão relacionadas aos termos de paz, democracia e prosperidade, de acordo com o Índice WPS e outros levantamentos internacionais. A existência de conflitos em território nacional também são fortes determinantes no ranking, uma vez que a eclosão de guerras eleva mortes de mães, agrava o risco de violência de gênero e culminam no abandono da escola por meninas. Veja a lista dos 10 primeiros colocados abaixo, no índice de zero a 1:
- Dinamarca – 0.932
- Suíça – 0.928
- Suécia – 0.926
- Finlândia – 0.924
- Islândia – 0.924
- Luxemburgo – 0.924
- Noruega – 0.920
- Áustria – 0.911
- Holanda – 0.908
- Nova Zelândia – 0.904
As informações são da VEJA