O PSOL apresentou ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados um aditamento a um pedido de cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL) por suposta ligação com um suposto plano golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O documento tem como base o depoimento do ex-comandante das FAB, Carlos de Almeida Baptista Júnior, à Polícia Federal. Baptista Júnior afirmou que a parlamentar o pressionou a apoiar um suposto golpe que manteria Bolsonaro no poder.
“A deputada Carla Zambelli é um dos maiores expoentes do golpismo – e, portanto, do desrespeito ao Estado Democrático de Direito – dentro da Câmara dos Deputados. É fundamental que a representação chegue ao Conselho de Ética e a cassação da Deputada Carla Zambelli, mais do que uma possibilidade, agora se torna um imperativo”, disse o PSOL em comunicado.
A conversa entre Zambelli e Baptista Júnior teria ocorrido um dia após uma reunião no Palácio da Alvorada, na qual Bolsonaro supostamente consultou os chefes militares sobre a possibilidade de editar um decreto para mantê-lo no poder.
Segundo o depoimento de Baptista Júnior, Zambelli fez o “pedido” pessoalmente durante a formatura dos aspirantes à oficial da Força Aérea Brasileira em Pirassununga, São Paulo. “Brigadeiro, o senhor não pode deixar o presidente Bolsonaro na mão”, teria dito a deputada.
O ex-comandante afirma ter rejeitado a proposta de Zambelli, respondendo: “Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade”.
Em nota divulgada por sua defesa, Zambelli afirmou desconhecer “os fatos envolvendo essa minuta, reiterando que igualmente jamais anuiria, pediria ou solicitaria algo irregular, imoral ou ilícito”.
Com informações do site O Antagonista.